segunda-feira, 6 de novembro de 2006

SERÁ QUE PODE DAR EM CASAMENTO ?




De um lado, Dieter Zetsche, principal executivo da DaimlerChrysler, pode sonhar de olhos abertos sobre livrar a montadora alemã dos problemas operacionais nos Estados Unidos.
Já do outro lado, Carlos Ghosn, principal executivo da Renault e Nissan Motor, realizaria seu objetivo revelado recentemente em vender mais para os americanos e para alcançar seu objetivo poderia fazer uma oferta de compra pelo Chrysler Group, com sede em Auburn Hills, Michigan.
E a Daimler receberia muito dinheiro por isso...
E o mais importante, o CEO da empresa alemã esnobaria seus aborrecidos críticos, que se queixam que a Chrysler não dá lucro, e é esse o motivo das ações da DaimlerChrysler, sediada em Stuttgart, Alemanha, registrarem queda de 52% em comparação com a maior alta de
€ 95,35 obtida em abril de 1999.
De volta à realidade, uma das poucas chances de Zetsche é dar um jeito na montadora, cujas fortunas cada vez mais estão interligadas com as de sua controladora.
A DaimlerChrysler na semana retrasada ratificou os informes anteriores que a Chrysler não está à venda.
Isso se seguiu a uma rodada de imprensa na qual Bodo Uebber, seu diretor financeiro, informou que uma venda não estava descartada. Pode ser que Uebber andou sonhando de olhos abertos também.
Ou pode ter enviado uma mensagem ao sindicato United Auto Workers, que se recusou a conceder concessões para a Chrysler em relação aos benefícios de planos de saúde. (A mensagem seria: sejam razoáveis ou poderemos mudar de idéia e vender a Chrysler, e o próximo dono poderá fechar fábricas e realizar demissões para arcar com a compra.)
Vantagens e Desvantagens :
A Chrysler precisa de paridade de custos com suas concorrentes dos EUA, Ford Motor e General Motors, que já conseguiram extrair concessões sobre planos de saúde no valor de centenas de milhões de dólares anualmente, fato atribuído às suas débeis condições financeiras.
As operações norte-americanas da DaimlerChrysler não parecem estar tão mal assim - a montadora pode dar lucro, embora 2006 esteja se definindo como ano de prejuízo, com perdas, até o momento, de US$ 1,26 bilhão.
Desde 1998, quando a DaimlerBenz adquiriu a Chrysler, a Chrysler registrou lucros operacionais em cinco dos sete anos fiscais, totalizando US$ 10,14 bilhões. Os prejuízos operacionais nos dois outros anos fiscais totalizaram US$ 5,3 bilhões.
De 2000 a 2005, Zetsche foi o principal executivo da divisão da Chrysler e pelejou por uma reviravolta.
Fora esse crédito, também merece um pouco da culpa pelo fato de que os lucros da unidade não são consistentes nem sustentáveis.

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