domingo, 24 de setembro de 2006

GM FECHA ACORDO

Os funcionários da fábrica da General Motors do Brasil, de São José dos Campos (SP), aprovaram o fim da greve na montadora. A unidade ficou sem produção na última terça-feira, mas as negociações entre o Sindicato dos Metalúrgicos local e a direção da montadora evoluíram e o movimento foi suspenso.
A proposta é de reajuste salarial em 5,47%, a mesma feita pela empresa nas reuniões passadas. Ela será paga em duas etapas. A primeira de 4,19% a partir de outubro e a última, de 1,23%, em janeiro de 2007.
Os 9,5 mil empregados ainda terão um abono de R$ 700,00 a ser pago no dia 2 de outubro. Nos últimos dias o Sindicato dos Metalúrgicos reduziu o valor da reivindicação de 13,8% de aumento real para 7%.
A contraproposta apresentada pela GM foi de 5,47% de aumento e R$ 400,00 de abono salarial. As direções de ambas as entidades se reuniram entre terça e quarta-feira para chegar num acordo. Mais de 1,5 mil veículos deixaram de ser produzidos nas três paralisações ocorridas num período de uma semana.
Essa fábrica da General Motors produz os modelos Corsa, Meriva, Zafira, Blazer e a S-10. Segundo a direção do sindicato, o acordo prevê outros benefícios. Entre eles a estabilidade no emprego até 31 de março de 2007, o congelamento dos reajustes do transporte, adicional noturno de 30% - um índice superior à lei atual. Além de um aumento no auxílio creche, a manutenção de todos as cláusulas sociais do último dissídio coletivo e o treinamento e contratação de 40 portadores de deficiência auditiva. "Rompemos o cerco"A assembléia aprovou a proposta por ampla maioria, com 95% dos votos. Para o dirigente sindical, Vivaldo Moreira, essa foi uma vitória contra o acordo firmado entre a CUT e a Força Sindical com as montadoras no ano passado. "Rompemos o cerco promovido pelas outras montadoras do estado e pelos sindicatos da CUT e Força Sindical, conquistando um reajuste maior", avaliou. A fábrica da GM do Vale do Paraíba é um reduto do partido de extrema esquerda PSTU, que se opõe ao governo federal e as ações da CUT. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos é um dos fundadores da Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas). Este ano a nova entidade desenvolveu as campanhas salariais junto com os sindicatos de Campinas, Limeira e Santos.
(Gazeta Mercantil/Cristina Rios e Júlio Ottoboni)

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