domingo, 22 de outubro de 2006

Consumidor aprova preço de fábricas chinesa e indiana




A chinesa Chana e a indiana Mahindra são as exóticas do salão. Em busca de um nicho que valoriza o custo/benefício, ambas ofertarão, em 2007, carros com mecânica simples, acabamento espartano e preço baixo.Para Abdul Majid Ibraimo, diretor-presidente da Chana no Brasil, o fator decisivo de compra é a qualidade e o preço baixo. "Estamos entrando em um segmento abandonado no país, depois que o Asia Towner deixou o mercado", explica.

A Chana trará as versões familiar (para sete pessoas), furgão e picape com preços entre R$ 27,9 mil e R$ 33,9 mil.
Em todas, o motor, instalado sob o banco do motorista, tem 970 cm3 de cilindrada e 53 cavalos. Serão vendidas em janeiro.

A Mahindra está construindo uma fábrica em Manaus para fazer a Pick Up 2.6CRDe e o utilitário Scorpio. Todos têm 115 cavalos, tração 4x4 e ar-condicionado, direção hidráulica e vidro elétrico de série.Os três começam a ser vendidos em março: a picape com cabine simples custará R$ 72 mil, R$ 3.000 a menos que a com cabine dupla. O utilitário esportivo, que comporta até sete pessoas, sairá por R$ 85 mil.

Quem viu os carros demonstrou não levar em consideração a procedência e o nome. Para o bancário Marcelo Refaxo, 34, seria melhor trocar o nome Chana antes de desembarcar no país. "Mas, se o preço é bom, não desisto da compra."O diretor-presidente da empresa conta que foi cogitada a troca da nomenclatura. "Queríamos tirar a letra "a" do fim, mas desistimos. Se os nomes Besta e Picasso fizeram sucesso, por que não Chana?"O engenherio Gilberto Souza concorda que o nome não seja o mais importante, pois são carros para o trabalho, mas o contador Miguel França não teria coragem de ter um: "Meus amigos vivem tirando sarro de mim, acho que não agüentaria".

O publicitário Evaristo Faccioli gostou do estilo robusto da picape da Mahindra. Já o comerciante Cláudio Carvalho achou o acabamento simples e viu parafusos aparecendo no interior. O veterinário Fábio Iared se interessou pelo preço, mas aponta a falta de conforto como um empecilho.

Fonte : Folha de São Paulo

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